No barro indiferente, pichado no muro:
"PERDI MEU AMOR BANDIDO".
Que alma atormentada se submete assim
em desolada poesia, nesse verso duro,
esquecido assim no muro ?
Que amante, de orgulho triste,
se perdeu assim tão profundamente,
que o amor não pode encontrá-lo ?
De quem é a culpa ? Do amante,
do desafeto, da esperança ?
Do amor ?...
E de tudo só restou como consolação
a frieza dos vocábulos desse verso excluso,
de um longo poema, triste poema,
amortalhado assim na indiferença
fria e solitária desse muro.
Poeta Luis Miguel, nada pior do que a exclusão, qualquer que seja a natureza dela...
ResponderExcluirUma espécie de amor bandido é cantado pelo Ney Matogrosso...há várias espécies: aquele que é amor bandido porque já era bandido, em toda a acepção da palavra.
Existe o amor que com o tempo vira desamor e acaba tornando-se um amor bandido; pode-se ainda lembrar de um amor que foi transformado pelas circunstâncias em bandido, mas com uma conotação diferente! Uma terceira ou quarta pessoa, serpenteando entre o amor de alguém,se peçonha no dente tem é perigoso demais...é ponta de punhal e outras coisas mais...o fato, é que´esse poema tem muitas facetas a serem analisadas...É como dizes, restou apenas desse amor bandido a exclusão contida nesse poema triste, indiferente, amortalhado, frio e solitário! Interessante é observar o que nos diz o autor quando pergunta, de quem é a culpa?do desamor, do desafeto,do próprio AMOR?
A concepção do que seja o AMOR é importante para definir as causas dessa frase escrita,nesse verso duro, esquecido assim no muro! Os parâmetros têm que ser definidos: que amor (tipo, características), quem amava?, o que causou o desamor? Sei que quem na vida já teve o desgosto de ter um amor bandido é muito triste e sombrio! Torno a dizer...é muito subjetivo...quem é bandido pra um, pode não sê-lo para outro, não é? Beijos amor da minha vida, poeta querido, que fala bonito...mesmo desditoso é um poema gostoso para se discutir e repensar...não é?