O Mineiro entre serras e vales, minérios e vocábulos:
é forte como a pedra de ferro que descansa nas entranhas;
é livre como a brisa que sopra nas velhas estradas reais.
E entre silêncios e devaneios, sonhos e sombras:
È rude como as mãos operosas de seus homens de luta e de paz;
É sensível como a alma de seus poetas de versos imortais.
E entre a farsa e a história, falácias e lutas:
É difícil como a palavra mais dura na prosa mansa da tarde;
É fecundo como o leite jorrado das tetas em maternal entrega.
E entre o grito e a indiferença, sertões e veredas:
é recolhido como as pétalas de uma inflorescência insuspeita;
É fundo como os gemidos da amada nas noites profundas.
E entre a fé e o ouro barroco de suas velhas igrejas:
É calado como o fim de um amor do tamanho do mundo;
É retorcido como as árvores do cerrado semeadas na cava funda
E entre dore, verdades contidas e inconfidências:
È solitário como os passos do boi, dia a dia, mugindo no campo;
É esconso como um poema escrito nas águas de um rio manso.
Carlos, esse Miguelito me atri feito um pão de queijo, é maravilhoso!
ResponderExcluirComo descreve bem as SUAS GERAIS! é fantástico e usa umas palavras que há tempos não vejo escritas mas que me calam ao peito como um carinho insuspeito.Tal qual "as pétalas recolhidas de uma inflorescência insuspeita."
O uso da palavra ESCONSO, adorei...pois é difícil escrever em um plano inclinado nas nas águas de um rio manso e fazer um poema tão belo. Parabéns...BEIJOS CARINHOSOS LUIS MIGUEL!
Carlinhos querido como todo bom brasileiro,o mineiro re-significa pela força da poesia, Este nosso Miguel arranca suspiro, Sua força tem eco cultural, Fala de Minas de forma geral e profunda. "Calado como o fim de um amor do tamanho do mundo".
ResponderExcluirFala de um amor afortunado, lindo poema.