Bem ao longe, do alto
da minha serra Saudade,
és ainda uma névoa fina que
em suaves formas te modela.
E em cima dessa serra,
ainda repousa um pote com
as coisas da minha iniciação,
como homem e como amante.
Bem no fundo de um rio Grande,
barrento de águas calmas,
ainda se esconde um tesouro com
as coisas da minha infância.
Em compridas ruas estreitas,
ladeadas de casas encardidas,
ainda trotam lentas e resignadas,
muitas das minhas coisas perdidas.
Como pequenas coisas encantadas,
onde nelas parece que vou diluindo,
como se eu fosse a cada dia, e dia
a dia, tornando-me invisível.
Esse poeta, conquistou meu coração!Seu dizer é tão bonito que eu me sinto encantada com as tuas lindas idéias e o jeito de contar o que sabes que tens a dizer.
ResponderExcluirPossuis um jeito especial de olhar, observar e juntar numa história tão saborosa recordações de outrora e de um passado recente que me comoveu demais...É a história linda de um homem que armazenou no baú das recordações tudo aquilo que viveu...É especial esse poema...não estou falando! estou me apaixonando por ti, poeta querido. Obrigada por ter escrito coisas tão lindas e com tanto significado emocional. Beijos.