sexta-feira, 22 de julho de 2011

CONFIDÊNCIAS POÉTICAS....Luis Alberto Miguel Salerno

A terna poesia da
minha infância era algo:
que se comia,
que se vestia,
que se brincava.
E não ressentia de:
versos,
rimas,
metáforas.
SÓ DE INOCÊNCIA COMO
UMA ESSÊNCIA POÉTICA.


A minha poesia de hoje,
de poeta ressentido, é:
malogro,
protesto,
ironia.
E ela não carece de:
tempo,
espaço,
verdade.
SÓ DESSA AUSÊNCIA
QUE PREENCHE TODOS OS ESPAÇOS.


A minha poesia é como o
desabrochar de um verso
indistinto, bastardo,
gestado no ventre
alheio da noite
INDIFERENTE AO POETA.

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