Gostaria de escrever um soneto
que não terminasse jamais,
que se estendesse do peito
a todas as ruas, a todo lugar.
Um soneto assim arredio, duro,
sem qualquer fascínio ou ternura,
mas que fosse verdadeiro e puro,
como o segredo do primeiro amor.
Tivesse a doçura da mão materna,
em carícias de um amor eterno,
como acalento na noite profunda.
E que sendo assim infinito e casto,
jamais se cansasse desse mal de amar,
mesmo quando o amor finito se fosse.
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