O que sim aprendo
deste silêncio:
esta estranha força dissimulada
sobre todas as impossibilidades.
E com ela recolhida
e bem assimilada,
acomodo esta ausência que fala
em tom de censura.
Neste sacrifício
de mãos distantes,
a que somos todos condenados,
sem o calor dos velhos anseios,
nesta longa noite desigual,
deste país que me deu
estas lágrimas secretas,
e esta voz sussurrada.
E nesta longa estrada
sigo sem sobressaltos,
ensinando sim ao silêncio:
lutar esta luta não partilhada.
Belo e tocante!
ResponderExcluir