Estive no vento que traria
a semente fecunda da derradeira árvore
que ainda vive dentro de mim,
acomodada ao berço do derradeiro verso,
que anunciaria a nova flora.
Estive na chuva que traria
a gota redentora, a sedenta rubra-pétala,
que se escondia na inflorescencia
da flor suprema, que espalharia seu pólen
fecundo...semeado no vento.
Estive no pó que empedernou
as asas da mensageira ave que espalharia
a semente no seu voo definitivo sobre a
cordilheira, sobre a Amazonia e os Pampas,
sobre os sertões de uma América livre.
Estive...MESMO COMO UM INSETO APAVORADO.
Luis Alberto Salerno...adoro suas poesias...elas me levam a sonhar e a imaginar tudo quanto descreves tão bem!
ResponderExcluirEssa é a terceira que eu leio...e adorei a todas elas....
Depois de dizer tanta coisa linda, não fiques como um inseto apavorado! Parabéns, não sei se pra ele ou pra quem fez a postagem!