sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A SEGUNDA RENASCENÇA.


Quando era jovem levava meu corpo para passear, agora que estou no final de minha jornada, levo apenas minha cabeça para longos e maravilhosos passeios. Saboreio o passado, degusto o presente,
todavia o que mais gosto é especular as delicias do futuro. Aprendi a fazer concessões, a perdoar,
a aceitar minha condição, enfim aprendi a ser flexível. Aprendi muito observando a simplicidade
e a regularidade da natureza. A natureza humana tem muito a aprender com a chamada Natureza, afinal temos a mesma composição e somos interdependentes. A Natureza é uma grande mestra, pois é coerente, honesta, humilde, generosa, enfim tem uma gama de virtudes que estão cada vez mais escassas nos seres humanos.
O jogo irracional do Sistema, em nome de um pseudo modernismo, está colocando em cheque os nossos principais valores e princípios, a ponto de questionarmos o nosso próprio humanismo. O Capitalismo Selvagem, o materialismo, o consumismo exagerado, as guerras, as grandes diferenças
Sociais e o culto ao individualismo e ao egoísmo, nos permite dizer que o Ser Humano está passando por um processo crescente de desumanização. O nome mais coerente para um ser humano hoje, seria certamente TER HUMANO, ou melhor, TER DESUMANO.
Meu querido pai dizia:”Um homem que diz não ter tempo é um homem doente, afinal o tempo foi feito para o homem e não ao contrário.” E complementa : “Um homem que destrói seu próprio habitat não pode nem ser chamado de animal, pois os animais respeitam seu habitat.” Estamos perdendo nossos referenciais, nosso pé de apoio, estamos vivendo no reino da incoerência, a nau da humanidade está
totalmente sem rumo, estamos num momento de autodestruição.
Não acredito no final dos tempos, porém acredito em uma segunda Renascença da Humanidade, onde as relações serão mais humanas, as diferenças serão cada vez menores e que a pirâmide da sociedade
será sustentada pela dignidade, respeito e qualidade de vida dos seres humanos.
Acredito que uma nova consciência universal já esteja em gestação e, que a crise pela qual estamos passando agora, seja apenas um momento necessário de superação do processo. Pois numa era tão dinâmica e fragmentada como a atual, onde impera o novo, o diferente e o estranho, as mentes e as circunstâncias estão moldando uma nova atitude, isto é, o homem coletivo, estruturado para desenvolver suas potencialidades a serviço do bem estar e da qualidade de vida do planeta. A morte
do Capital Econômico está próxima, teremos brevemente uma Revolução Cultural e Social, que despertará a consistência e a coerência do chamado CAPITAL PLANETÁRIO. Essa nova consciência planetária rehumanizará o homem, melhorará sua espiritualidade, dará mais sentido a sua vida, enfim
abrirá perspectivas que o farão mais feliz e mais realizado.
O primeiro mandamento dessa nova ordem social será: “EU TAMBÉM SOU RESPONSÁVEL PELO MUNDO.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário