sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A APATIA POLITICA DA JUVENTUDE BRASILEIRA.



 
Estive há cerca de duas semanas, com um grupo de 100 Universitários do curso de Direito visitando Brasília. Durante toda a viagem estive bastante atento aos comentários e as associações estabelecidas pelos universitários, em relação a Política.
Sintetizando as conclusões de minhas averiguações constatei que o resultado obtido é idêntico ao da maioria da Juventude pensante que conheço.
Motivada pelo momento político e com o intuito de cooperação, levo ao conhecimento de todos os políticos um pouco do que captei , na esperança que os senhores reflitam sobre a delicada e preocupante relação da Política com a Juventude.
Em primeiro lugar afirmo que é totalmente falsa a idéia de que a Juventude não gosta de Política, o que não gostamos é da maneira imoral e anti-ética como ela é tratada ,fugindo radicalmente da nobreza de seus princípios.
Em verdade, nossa aparente indiferença política nada mais é do que um mecanismo de defesa, ou seja, uma resposta silenciosa que traduzida quer dizer: "não concordamos, não aceitamos e não compactuamos com os métodos e com as atitudes praticados na política atual. Pois isso é motivo de vergonha e preocupação para nós.”
Daí a concluir que se o voto fosse facultativo em nosso pais, certamente a maioria esmagadora de nossa Juventude não votaria.
Percebemos que o comportamento e a atitude da Juventude Brasileira em relação a Política é idêntico ao da maioria das pessoas adultas esclarecidas de espírito nobre, isto é, o de manter distancia.(Apáticos) Isso pode ser claramente constatado em cidades do interior do Brasil. Infelizmente, devido aos seus critérios eletivos que não priorizam a qualidade dos candidatos, a Política Brasileira tende ao caos.
Após essa breve análise, passo a seguir algumas sugestões juvenis que espero sejam alvo de vossa devida atenção e apreciação, na esperança de que possamos abrir um canal de discussão, interação e integração da Política com a Juventude, no sentido de diminuir a gigantesca distancia que nos separa.

SUGESTÕES
A - Privilegiar a qualidade, a competência e a capacidade. È impossível fazer boa política sem políticos de qualidade. Um exemplo disso são as inúmeras câmaras municipais do pais, que funcionam de forma precaríssima, devido a falta de qualidade de seus componentes. Sugerimos pois, cursos preparatórios obrigatórios de Formação em Gestão Política e Administrativa, para qualquer pré-candidato a cargo político e testes de avaliação oral e escrita para candidatos a cargos eletivos.

B - Privilegiar a Moral, a ética e os bons costumes. È impossível fazer boa política sem políticos que não preservam a ética, a moral e os bons costumes. Sugerimos a criação de comissões judiciais de triagem para avaliação de postulantes a cargos políticos e para combater e punir rigorosamente os abusos e excessos praticados pelos políticos em exercício. Abolir os conselhos de ética políticos. Devemos ter urgência em moralizar o nosso sistema político, separando definitivamente o joio do trigo.

C - Privilegiar a lealdade partidária. È impossível fazer boa política sem políticos leais a princípios e causas. Homens que carregam muitas bandeiras, acabam não carregando nenhuma verdadeiramente.

D - Privilegiar a inclusão de jovens na Política. Sugerimos a criação de um sistema de quotas eletivas(para cargos políticos) em todos os níveis, no sentido de favorecer a renovação e a inserção de jovens na política nacional.

E - Privilegiar uma maior inclusão de pessoas do sexo feminino na Política. Sugerimos a criação de um sistema de quotas eletivas(para cargos políticos) em todos os níveis, no sentido de favorecer uma maior inserção e participação das mulheres na política nacional.

F - Privilegiar a instituição do voto distrital e regional. È impossível fazer boa política sem o compromisso explicito do político com suas bases eleitorais. O compromisso e a cobrança certamente melhorarão a qualidade do desempenho do político e um maior interesse participativo da comunidade.

G - Criar mecanismos legais que permitam a renovação de 1\3 um terço ou mais dos cargos eletivos em cada eleição em todos os níveis. Também não permitir mais que uma reeleição para o mesmo cargo eletivo. Tudo isso no sentido de diminuir os vícios e excessos da acomodação.

H - Criar o cargo de estagiário político remunerado em todos os níveis da esfera política,especifico para universitários das áreas do Direito, Ciências Políticas, Economia, Administração de Empresas e demais áreas concernentes, no sentido de favorecer a inclusão de jovens na Política Nacional. Sendo que as escolhas serão feitas exclusivamente pelas Universidades, tomando como critério o desempenho acadêmico dos estudantes.

Finalizando, quero vos afirmar que a Juventude Brasileira, quer muito participar e dar sua contribuição para o processo de renovação da política nacional, precisamos todavia de espaço para abrirmos um diálogo franco e amistoso com os políticos brasileiros.

Por isso, tomem minha carta como uma proposta de inicio de entendimento e de colaboração entre as partes.
A vossa honrosa resposta será a prova de que os políticos Brasileiros não desprezam e nem subestimam a Juventude Brasileira aqui por mim representada.

Um comentário:

  1. Muito interessante o que você escreveu, realmente não nos esforçamos pois não há motivação, pois sabemos que sempre há muita burocracia para as ações que queremos que mude.

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